Um dia me convenci de que as vozes dentro de mim tinham direito a voz. Desde então, encaro a página em branco com frequência. O resultado sempre surpreende, o que é estímulo para seguir escrevendo. Para mim, a escrita amplifica a experiência da vida.
Nos dias que se seguiram, uma parte de Risolindo desfrutava de uma leveza incomparável. Era como se um broto tivesse rompido a crosta terrosa e erguido uma folhinha verde no espaço: um cotilédone, mas também uma bandeira, com uma divisa “ESTOU VIVO” em escrita invisível. Por meio desse milagroso novo órgão de seu espírito ele reaprendia a respirar.
– Antes do fim do riso.
Nasci em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde vivi até os 26 anos. Depois de me graduar em História, mudei-me para Brasília, a fim de estudar Diplomacia no Instituto Rio Branco. A experiência como diplomata me levou a conhecer países e culturas diferentes.
Comecei a escrever na adolescência, sobretudo poemas, mas descontinuei essa prática na fase adulta. Reencontrei-me com a escrita em 2020, o que resultou no meu primeiro livro de ficção. Desde então, já publiquei 7 livros, sendo 3 de poesia, 2 de contos, 1 de crônicas e o meu romance de estreia, intitulado “Antes do fim do riso”.